As
atividades orgânicas resultam da decomposição de proteínas, lípides e
carboidratos, acompanhadas de liberação de energia e formação de produtos que
devem ser eliminados para o meio exterior. A urina é um dos veículos de
excreção com que conta o organismo. Assim, o
sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina, os rins, e outros, a ele associados,
destinados à eliminação da urina: ureteres,
bexiga e uretra.
http://cbv8anod.blogspot.com.br/2012/06/ciencias-sistema-excretor.html |
Anatomia Humana, Rohen; Yokochi; Lütjen-Drecoll. Atlas Fotográfico de Anatomia Sistêmica e Regional, 4 ed.,1998. |
SISTEMA URINÁRIO
FEMININO
https://www.meb.uni-bonn.de/Cancernet/CDR0000256729.html |
https://www.meb.uni-bonn.de/Cancernet/CDR0000256729.html |
RIM
É um órgão par, abdominal, localizado
posteriormente ao peritônio parietal, o que o identifica como retroperitoneal. Os rins estão situados
à direita e à esquerda da coluna vertebral, ocupando o direito uma posição
inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita.
Apresentam duas faces, anterior e posterior, e duas bordas, medial e lateral. Suas duas extremidades, superior e inferior, são
comumente denominadas pólos e, sobre
o pólo superior, situa-se a glândula
supra-renal, pertencente ao sistema endócrino.NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana, 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. |
Os
rins estão envolvidos por uma cápsula
fibrosa e, quase sempre, é abundante o tecido adiposo perirenal
constituindo a cápsula adiposa.
A
borda medial do rim apresenta uma fissura vertical, o hilo, por onde passam o ureter,
artéria e veias renais, linfáticos e nervos. Estes elementos
constituem em conjunto, o pedículo renal.
Dentro do rim o hilo se expande em uma cavidade central denominada seio renal
que aloja a pelve renal (extremidade
dilatada do ureter).
Examinando
uma das metades do órgão, há uma porção mais pálida, o Córtex renal, que se projeta numa segunda porção, mais escura, a medula renal. Estas projeções do córtex
tem a forma de colunas, as colunas
renais, e separam porções cônicas da medula denominadas pirâmides renais. A pelve renal está
dividida em 2 ou 3 tubos curtos e largos, os cálices renais menores que se subdividem em cálices renais menores. Cada um desses últimos oferece um encaixe,
em forma de taça, para receber o ápice
das pirâmides renais. Este ápice denomina-se papila renal.
Secção longitudinal de rim e glândula supra-renal direitos (vista posterior). A pelve renal foi aberta e o tecido adiposo retirado para expor os vasos renais.
Anatomia Humana, Rohen; Yokochi; Lütjen-Drecoll. Atlas Fotográfico de Anatomia Sistêmica e Regional, 4 ed.,1998. |
Anatomia Humana, Rohen; Yokochi; Lütjen-Drecoll. Atlas Fotográfico de Anatomia Sistêmica e Regional, 4 ed.,1998. |
Circulação
nos Rins
Artérias do rim
e da glândula supra-renal
Anatomia Humana, Rohen; Yokochi; Lütjen-Drecoll. Atlas Fotográfico de Anatomia Sistêmica e Regional, 4 ed.,1998. |
1 Artéria
supra-renal superior
2 Artéria capsular
superior
3 Ramo anterior da
a. renal
4 Artéria Perfurante
5 Artéria capsular
inferior
6 Ureter
7 A. frênica
inferior direita
8 A. frênica
inferior esquerda
9 Artéria
supra-renal média
10 Tronco celíaco
11 Artéria
supra-renal inferior
12 Artéria
mesentérica superior
13 Artéria renal
direita
14 Ramo posterior
da a. renal
15 Artéria
testicular ou ovárica esquerda
16 Artéria mesentérica inferior
Ureter
Cada ureter mede aproximadamente de 25 cm
a 30 cm. É definido como um tubo muscular que une o rim à bexiga, desembocando
neste órgão pelo óstio ureteral. Em
virtude do seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdminal e pélvica. Assim como os rins, são em número de dois.
Bexiga
Situa-se
posteriormente à sínfise púbica. O fluxo contínuo de urina que chega pelos
ureteres é transformado, graças a ela, em emissão periódica (micção). A túnica
muscular da bexiga tem disposição complexa, descrevendo-se um músculo esfíncter da bexiga ao nível do
óstio interno da uretra que
corresponde ao inicio da uretra. Na
saída da bexiga, encontramos o músculo esfíncter interno, que
se contrai involuntariamente.
Inferiormente ao esfíncter interno
encontramos o esfíncter externo, que é voluntário e permite a resistência à saída da
urina. O músculo esfíncter da bexiga, bem como a camada muscular do
órgão, estão envolvidos no fenômeno da micção. A bexiga é um órgão que recebe a urina formada pelos rins, armazena-a por algum
tempo e a conduz ao exterior, à medida que aumenta a quantidade de urina dentro
da bexiga, o que faz com que se eleve a pressão endovesical (normalmente 10 cm
de água) e, por volta de 200-300 ml, desencadeie o reflexo da micção.
A
parede da bexiga é composta principalmente pelo músculo detrusor da bexiga. Em direção ao colo da bexiga urinária
masculina, as fibras musculares formam o músculo esfíncter interno involuntário. Algumas fibras correm radialmente e
auxiliam na abertura do óstio interno da
uretra. Nos homens, as fibras musculares situadas no colo da bexiga
urinária são contínuas com as fibras musculares situadas na parede da uretra.
Os óstios dos ureteres e o óstio
interno da uretra estão nos ângulos do trígono
da bexiga. Os ureteres passam, obliquamente, através da parede da bexiga em
uma direção ínfero-medial. Um aumento na pressão da bexiga pressiona as paredes
dos ureteres, simultaneamente, impedindo a pressão na bexiga de forçar a urina
para cima até os ureteres.
Vista posterior da
bexiga masculina
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana, 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. |
O
ducto deferente cruza acima do ureter, próximo do ângulo póstero-lateral da
bexiga, correndo entre o ureter e o peritônio para alcançar o fundo da bexiga.
Cada uma das vesículas seminais, obliquamente situadas acima da próstata, é uma
estrutura alongada que se situa entre o fundo da bexiga e o reto.
Anatomia Humana,
Rohen; Yokochi; Lütjen-Drecoll. Atlas Fotográfico de Anatomia Sistêmica e
Regional, 4 ed.,1998.
|
Bexiga Feminina
NETTER,
Frank H. Atlas de Anatomia Humana, 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
|
Nas mulheres, a bexiga fica muito
perto do útero. A uretra desemboca pouco acima da vagina. Por isso,
existe uma relação muito importante e direta entre a bexiga e os
órgãos do aparelho reprodutor feminino. Controlar a eliminação da urina
pressupõe um ato voluntário comandado pelo sistema nervoso central.
Secção frontal através de bexiga
urinária e uretra femininas (vista anterior).
Anatomia Humana, Rohen; Yokochi; Lütjen-Drecoll. Atlas Fotográfico de Anatomia Sistêmica e Regional, 4 ed.,1998. |
Trígono Vesical
O trígono vesical é uma área
triangular onde a mucosa vesical é lisa e limitada por três orifícios, dois
óstios ureterais situados por trás de cada lado da linha mediana e pelo óstio
interno da uretra medialmente à frente.
Uretra
Difere-se
nos dois sexos, mas em ambos estabelece a comunicação entre bexiga e o meio
exterior. No homem é uma via comum para micção e ejaculação, enquanto na
mulher, serve apenas para à excreção da urina.
Uretra Masculina
A
uretra masculina é um canal comum para a micção e para a ejaculação, com cerca de 20 cm de
comprimento. Inicia-se no óstio interno
da uretra, na bexiga, e atravessa sucessivamente a próstata, o assoalho da
pelve e o pênis, terminando na extremidade desse órgão pelo óstio externo da uretra. Reconhecem-se
três partes na uretra masculina: parte
prostática, quando atravessa a próstata; parte membranosa, quando atravessa o assoalho da pelve e parte esponjosa, localizada no corpo
esponjoso do pênis.
http://www.raiosxbr.com; http://dc356.4shared.com/doc/WGTumi_6/preview.html |
A
parte prostática apresenta uma pequena saliência – a vesícula seminal, de cada lado do qual desembocam os ductos
ejaculatórios. Na parte esponjosa, adjacente ao óstio externo da uretra, há uma
porção dilatada conhecida como fossa
navicular da uretra.
Patologias do Sistema Urinário
A presença de cálculos renais pode ser confirmada
pelas radiografias abdominais.
Cálculo ureteral esquerdo na altura do cruzamento com os vasos ilíacos.
http://www.saudeemmovimento.com.br |
Uretra Feminina
http://www.perineo.info/wordpress/apresentacao/
|
A uretra feminina mede aproximadamente uns 4 cm.
Ela faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se anteriormente à
vagina e entre os pequenos lábios. O óstio externo da uretra possui, quando não
está dilatado, um diâmetro aproximado de 6mm.
Unidade
Funcional dos rins
http://sistemarenalfisiologia.blogspot.com.br
|
O néfron é a unidade morfofuncional dos rins. Cada
rim possui aproximadamente 1 milhão de néfrons, que em associação formam o rim.
Essas estruturas microscópicas são responsáveis por filtrar o sangue e lançar
as substâncias filtradas, para os ductos coletores, que conduzem a urina
produzida até a papila renal, de onde ela flui sequencialmente aos cálices
renais menores, cálices renais maiores e para a pelve renal, seguindo seu
percurso até o meio exterior.
Cada néfron tem dois componentes principais:
um glomérulo, através do qual grandes quantidades de líquidos são filtradas do
sangue, e um longo túbulo, no qual o líquido filtrado, ao longo de seu trajeto
em direção à pelve renal é convertido em urina. O glomérulo é composto por uma
rede de capilares que se ramificam e se anastomosam; comparados a outros capilares, possuem uma pressão hidrostática alta.
Glomérulos
Glomérulos (210X).
Micrografia eletrônica de varredura mostrando glomérulos e artérias associadas.
Anatomia Humana, Rohen; Yokochi; Lütjen-Drecoll. Atlas Fotográfico de Anatomia Sistêmica e Regional, 4 ed.,1998. |
1 Arteríola aferente
do glomérulo
2 Glomérulo
3 Glomérulos
4 Arteríola aferente
do glomérulo
5 Artéria cortical radiadahttp://fisiologiarenalhumana.blogspot.com.br/ |
Os capilares glomerulares são cobertos por células
epiteliais, e todo o glomérulo está envolvido pela cápsula de Bowman. O líquido
filtrado dos capilares glomerulares flui para o interior da cápsula Bowman que
posteriormente é encaminhado para o interior do túbulo peoximal, que situa-se
na zona cortical renal.
A partir do túbulo proximal o líquido flui
para o interior da alça de Henle, é enviado para o interior da medula renal.
Cada alça consiste em um ramo descendente e um ascendente. No final do ramo
ascendente está um segmento curto, conhecido como mácula densa,que desempenha
importante papel no controle da função dos néfrons. Após passar pela mácula
densa o líquido é encaminhado para o túbulo distal, através dos ductos
coletores e esvaziado na pelve renal pelas extremidades das papilas renais.
Patologias do Sistema Urinário
http://www.jornaldasaude.com.br |
Cálculos Uretéricos
http://www.saudemedicina.com/litiase-renal-urinaria-sintomas-e-causas |
Os ureteres são tubos musculares expansíveis
que dilatam, se obstruídos. A obstrução aguda normalmente resulta de um cálculo
uretérico ( do latim quer dizer um seixo ou pedrinha). Embora a passagem de
pequenos cálculos normalmente cause pouca ou nenhuma dor, caçulos maiores
produzem dor intensa. Os sintomas e a gravidade dependem da localização, do
tipo e tamanho do cálculo e se é liso ou espinhoso. A dor causada por um
cálculo é uma dor cólica (assemelhando-se a dor no colo), que resulta do
hiperperitaltismo no ureter, acima do nível da obstrução. Os cálculos uretéricos
podem causar obstrução completa ou intermitente do fluxo urinário. A obstrução
pode acontecer em qualquer lugar ao longo do ureter, mas ocorre com mais
frequência onde os ureteres normalmente são relativamente comprimidos:
· Na junção dos
ureteres e pelves renais
· Onde eles cruzam a
artéria ilíaca externa e a margem pélvica
· Durante sua passagem
através da parede da bexiga urinária.
Cálculo ureteral esquerdo na altura do cruzamento com os vasos ilíacos.
http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/revisoes/1433/colica_nefretica.htm |
Tratamento
Cálculos uretéricos podem ser removidos de
três maneiras: cirurgia aberta, endourologia e litotripsia. A cirurgia aberta
não é realizada comumente porque os cálculos normalmente podem ser removidos
por endourologia e litotripsia. Na endourologia, um citoscópio é passado
através da uretra até a bexiga. O citoscópio
possui uma luz, uma lente de observação e diversos acessórios. Um outro
instrumento, um ureteroscópio, pode ser inserido no cistoscópio e passado até o
ureter para agarrar o cálculo. Os cálculos também podem ser fragmentados com
uma sonda ultra-sônica que é inserida através do uretoscópio. A litotripsia usa
ondas de choque para fragmentar um cálculo em pequenos fragmentos, que podem
ser passados na urina.
Incontinência Urinária
Incontinência
Urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Afeta pessoas de ambos os
sexos em diferentes faixas etárias. De forma geral a incontinência urinária ocorre
quando, a pressão dentro da bexiga excede aquela que se verifica dentro da
uretra, ou seja, há um aumento considerável da pressão para urinar dentro da
bexiga. É definida como a perda involuntária de urina, provocando por vezes
certo constrangimento à pessoa.
A incontinência urinária também pode ser
definida de Enurese. E ocorre com certa frequência à noite, principalmente
entre os idosos.
Os três tipos mais comuns de incontinência
urinária são:
· *Bexiga hiperativa,
causada por contrações inadequadas do músculo detrusor ou esfíncter uretral
(músculo responsável pela libertação de urina, ao contrair-se a urina é
libertada) durante a fase de armazenamento do ciclo miccional (processo pelo
qual o organismo efectua a extração da urina);
· *Incontinência de
esforço, relacionada com a disfunção do esfíncter uretral, ou seja um
afrouxamento muscular do esfíncter, ocorre durante algumas atividades, como tossir,
espirrar, rir ou realizar exercícios.
http://melhorcomsaude.com/exercicios-incontinencia-urinaria-mulher |
· * Incontinência mista,
que resulta da combinação destas duas situações.
Tratamento
Uma boa
parte dos indivíduos com incontinência urinária podem ser curados ou melhorar
consideravelmente o quadro de incontinência. O primeiro passo é admitir que há
um problema e procurar ajuda médica.
A incontinência urinária pode ser
tratada através do uso de medicamentos, fisioterapia, cirurgia ou uma
combinação entre essas modalidades. O tratamento ideal depende da análise
minuciosa do problema de forma individualizada e varia de acordo com a natureza
específica do problema.
Se os tratamentos médicos ou
cirúrgicos não resolverem completamente, há alternativas para assegurar o bem
estar e conforto para o incontinente
Entre essas alternativas estão:
* Roupas íntimas especiais para
Incontinência Urinária;
* Absorventes e fraldas
descartáveis;
* Inserção de sondas para
mecanicamente drenar a urina da bexiga;
* Uso de equipamentos externos para coletar
urina.
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