domingo, 8 de junho de 2014

Genital Masculino

  • Neste post, iremos citar todos os órgãos do Genital Masculino (ou Sistema Reprodutor Masculino), além de suas respectivas funções e regiões.




   Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos produzem esperma e secretam hormônios (principalmente testosterona). O sistema de ductos transporta e armazena esperma, auxiliando na maturação e o conduz para o exterior. O sêmen contém esperma, mais as secreções das glândulas sexuais acessórias.


TESTÍCULOS.

    O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), situado numa bolsa músculocutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis. Cada testículo tem forma ovóide, com o grande eixo quase vertical, e ligeiramente achatado no sentido láteromedial, do que decorre apresentar duas faces, duas bordas e duas extremidades.
      As faces são lateral e medial, as bordas anterior e posterior, e as extremidades, superior e inferior. A borda posterior é ocupada de cima a baixo por uma formação cilíndrica, mais dilatada para cima, que é o epidídimo. A metade superior da borda posterior do testículo representa propriamente o hilo do epidídimo, recebendo a denominação especial de mediastino do testículo. É através do mediastino que o testículo se comunica propriamente com o epidídimo.
    O testículo é envolto por uma cápsula de natureza conjuntiva, branco-nacarada que se chama túnica albugínea. Esta envia para o interior do testículo delgados septos conhecidos como séptulos dos testículos, os quais se subdividem em lóbulos. Nestes encontramos grande quantidade de finos, longos e sinuosos ductos, de calibre quase capilar, que são denominados túbulos seminíferos contorcidos. São nesses túbulos que se formam os espermatozóides.



         Os túbulos seminíferos convergem para o mediastino testicular e vão se anastomosando, constituindo túbulos seminíferos retos, os quais se entrecruzam formando uma verdadeira rede (de Haller) ao nível do mediastino, onde desembocam de dez a quinze dúctulos eferentes, que do testículo vão à cabeça do epidídimo.




 EPIDÍDIMO.

         O epidídimo estende-se longitudinalmente na borda posterior do testículo.
Ele apresenta uma dilatação superior que ultrapassa o pólo superior do testículo, que é denominada cabeça; um segmento intermediário que é o corpo e, inferiormente, uma porção mais estreitada, que é a cauda do epidídimo.
      Na cabeça, os dúctulos eferentes do testículos continuam por dúctulos muito tortuosos que em seguida vão se anastomosando sucessivamente para constituir um único tubo que é o ducto do epidídimo. Este ducto é tão sinuoso que ocupa um espaço de aproximadamente dois centímetros de comprimento, quando na realidade ele tem seis metros de extensão.
        Inferiormente, a cauda do epidídimo, tendo no interior o ducto do epidídimo, encurva-se em ângulo agudo para trás e para cima, dando seguimento ao ducto deferente. É justamente nessa curva, constituída pela cauda do epidídimo e início do ducto deferente, que ficam armazenados os espermatozóides até o momento do ato sexual, sendo, então, levados para o exterior.
        A primeira porção do ducto deferente é mais ou menos sinuosa e ascende imediatamente por trás do epidídimo. Tanto o testículo como o epidídimo e a primeira porção do ducto deferente são diretamente envoltos por uma membrana serosa que é a túnica vaginal.
       Assim como a pleura ou o pericárdio, a túnica vaginal apresenta um folheto que envolve diretamente aqueles órgãos, sendo denominado lâmina visceral. Posteriormente aos órgãos supracitados, a lâmina visceral da túnica vaginal se reflete de cada lado, para se continuar com a lâmina vaginal. Entre a lâmina visceral e a lâmina parietal da túnica vaginal, permanece um espaço virtual denominado cavidade vaginal. A cavidade vaginal contém uma pequena quantidade de líquido que facilita o deslizamento entre as duas lâminas.





 DUCTO ou CANAL DEFERENTE.


            O ducto deferente é um longo e fino tubo par, de paredes espessas, o que permite identificá-lo facilmente pela palpação. Apresenta-se como um cordão uniforme, liso e duro, o que o distingue dos elementos que o cercam. Próximo à sua terminação, o ducto deferente apresenta uma dilatação que recebe o nome de ampola do ducto deferente.
            O funículo espermático estende-se da extremidade superior da borda do testículo ao anel inguinal profundo, local em que seus elementos tomam rumos diferentes. O funículo esquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo que o direito. Além do ducto deferente, ele é constituído por artérias, veias, linfáticos e nervos. As artérias são em número de três: artéria testicular, artéria do ducto deferente e artéria cremastérica. As veias formam dois plexos, um anterior e outro posterior, em relação ao ducto deferente.



 DUCTO EJACULATÓRIO.

        É um fino tubo, par, que penetra pela face posterior da próstata, atravessando seu parênquima para se abrir, por um pequeno orifício, no colículo seminal da uretra prostática, ao lado do forame do utrículo prostático. Estruturalmente, o ducto ejaculatório, assim como a vesícula seminal, tem a mesma constituição do ducto deferente, apresentando três túnicas concêntricas: adventícia, muscular e mucosa.


 VESÍCULAS SEMINAIS.

As vesículas seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, colocadas entre o fundo da bexiga e o reto, obliquamente acima da próstata, que elaboram um líquido para ser adicionado na secreção dos testículos. Tem cerca de 7,5 cm de comprimento. A face ventral está em contato com o fundo da bexiga, estendendo-se do ureter à base da próstata.
  As vesículas seminais secretam um líquido que contém frutose (açúcar monossacarídeo), prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C). A natureza alcalina do líquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, que, de outra maneira, tornaria inativos e mataria os espermatozóides. O líquido secretado pelas vesículas seminais normalmente constitui 60% do volume de sêmen.

 PRÓSTATA.

    A próstata é mais uma glândula cuja secreção é acrescentada ao líquido seminal. Sua base está encostada no colo da bexiga e a primeira porção da uretra perfura-a longitudinalmente pelo seu centro, da base ao ápice. Sendo ligeiramente achatada no sentido ânteroposterior, ela apresenta uma face anterior e outra posterior, e de cada lado, faces ínferolaterais.
   Estruturalmente, a próstata é envolta por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras musculares lisas. Participando de seu arcabouço, encontramos fibras musculares estriadas que parecem derivar do músculo esfíncter da uretra. O restante do parênquima é ocupado por células glandulares distribuídas em tubos ramificados, cuja secreção é drenada pelos ductos prostáticos, os quais em número médio de vinte se abrem na superfície posterior do interior da uretra, de cada lado do colículo seminal.


 GLÂNDULAS BULBOURETRAIS.

As glândulas bulbouretrais são duas formações pequenas, arredondadas e levemente lobuladas, de coloração amarela e tamanho de uma ervilha. Estão próximas do bulbo do pênis e envolvidas por fibras transversas do esfíncter uretral. Localizam-se inferiormente à próstata e drenam suas secreções para a parte esponjosa da uretra.
    Sua secreção é semelhante ao muco, entra na uretra durante a excitação sexual. Constituem 5% do líquido seminal. Durante a excitação sexual, as glândulas bulbouretrais secretam uma substância alcalina que protege os espermatozóides e também secretam muco, que lubrifica a extremidade do pênis e o revestimento da uretra, diminuindo a quantidade de espermatozóides danificados durante a ejaculação.


 PÊNIS.

 O pênis é o órgão erétil e copulador masculino. Ele é representado por uma formação cilindróide que se prende à região mais anterior do períneo, e cuja extremidade livre é arredondada. O tecido que tem a capacidade de se encher e esvaziar de sangue forma três cilindros, dos quais dois são pares (direito e esquerdo) e se situam paralelamente, por cima (considerando-se o pênis em posição horizontal ou semi-ereto), e o terceiro é ímpar e mediano, e situa-se longitudinalmente, por baixo dos dois precedentes.  Os dois cilindros superiores recebem o nome de corpos cavernosos do pênis e o inferior, de corpo esponjoso do pênis. 





 Os corpos cavernosos do pênis iniciam-se posteriormente, por extremidades afiladas que se acoplam medialmente aos ramos do ísquio, recebendo o nome de ramos dos corpos cavernosos. Cada ramo é envolto longitudinalmente pelas fibras do músculo ísquiocavernoso do mesmo lado, que o fixa ao respectivo ramo isquiático, constituindo a raiz do pênis. Dirigindo-se para frente, os dois corpos cavernosos se aproximam, separados apenas por um septo fibroso sagital que é o septo do pênis.

   Se examinarmos os dois corpos cavernosos inferiormente, verificaremos que na linha ânteroposterior de união, forma-se um ângulo diedro, que para diante, gradativamente vai se transformando em goteira, onde se aloja o corpo esponjoso. Anteriormente, os corpos cavernosos terminam abruptamente por trás de uma expansão do corpo esponjoso, conhecido como glande.
   O corpo esponjoso inicia-se posteriormente por uma expansão mediana situada logo abaixo do diafragma urogenital, que recebe o nome de bulbo do pênis. Para frente, o bulbo continua com o corpo esponjoso, o qual vai se afinando paulatinamente e se aloja no sulco mediano formado pelos dois corpos cavernosos. No plano frontal em que os corpos cavernosos terminam anteriormente, o corpo esponjoso apresenta uma dilatação cônica, cujo nome é descentrado, isto é, o centro do mesmo não corresponde ao grande eixo do corpo esponjoso; dilatação essa denominada glande.



   O rebordo que contorna a base da glande recebe o nome de coroa da glande.
No ápice da glande encontramos um orifício, que é o óstio externo da uretra. Nesse óstio vem se abrir a uretra esponjosa, que percorre longitudinalmente o centro do corpo esponjoso, desde a face superior do bulbo do pênis, onde a mesma penetra. Na união da glande com o restante do corpo do pênis, forma-se um estrangulamento denominado colo.
   O pênis, portanto, pode ser subdividido em raiz, corpo e glande. Envolvendo a parte livre do pênis encontramos uma cútis fina e deslizante, conhecida por prepúcio. Medianamente, por baixo da glande, a mucosa que envolve esta e depois se reflete para forrar a cútis da expansão anterior do prepúcio, apresenta uma prega sagital denominada frênulo do prepúcio.

Estruturalmente, profundamente à cútis, situa-se a tela subcutânea, que recebe o nome especial de fáscia superficial do pênis, onde se distribuem fibras musculares lisas que fazem continuação ao dartos do escroto. Num plano mais profundo, dispõe-se uma membrana fibrosa que envolve conjuntamente os corpos cavernosos e o corpo esponjoso que é a fáscia profunda do pênis. Tanto os corpos cavernosos como o corpo esponjoso são envoltos, cada um deles, por uma membrana conjuntiva denominada, respectivamente, de túnica albugínea do corpo cavernoso e do corpo esponjoso.
   O interior destes três elementos tem um aspecto esponjoso que decorre da existência de inúmeras e finas trabéculas que se entrecruzam desordenadamente. Entre essas trabéculas permanecem espaços que podem admitir maior quantidade de sangue, tornando o pênis um órgão erétil. As artérias e veias do pênis penetram ou saem ao nível do bulbo e ramos do pênis, correm longitudinalmente em seu dorso, fornecendo ramos colaterais em todo o percurso. O pênis e o escroto constituem as partes genitais externas masculinas, enquanto o restante forma as partes genitais internas.


 ESCROTO.

 O escroto é uma bolsa músculocutânea onde estão contidos os testículos, epidídimo e a primeira porção dos ductos deferentes. Cada conjunto desses órgãos (direito e esquerdo) ocupa um compartimento completamente separado, uma vez que o escroto é subdividido em duas lojas por um tabique sagital mediano denominado septo do escroto.
   O escroto é constituído por camadas de tecidos diferentes que se estratificam da periferia para a profundidade, nos sete planos seguintes. Cútis: é a pele, fina e enrugada que apresenta pregas transversais e com pelos esparsos. Na linha mediana encontramos a rafe do escroto. Túnica dartos: constitui um verdadeiro músculo cutâneo, formado por fibras musculares lisas. Tela subcutânea: é constituída por tecido conectivo frouxo. Fáscia espermática externa: é uma lâmina conjuntiva que provém das duas fáscias de envoltório do músculo oblíquo externo do abdome, que desce do anel inguinal superficial para entrar na constituição do escroto. Fáscia cremastérica: este plano é representado por uma delgada lâmina conjuntiva que prende inúmeros feixes de fibras musculares estriados de direção vertical.
   No conjunto, essas fibras musculares constituem o músculo cremáster e derivam das fibras do músculo oblíquo interno do abdome. Fáscia espermática interna: lâmina conjuntiva que deriva da fáscia transversal. Túnica vaginal: serosa, cujo folheto parietal representa a camada mais profunda do escroto, enquanto o folheto visceral envolve o testículo, epidídimo e início do ducto deferente.


                                                                           
 

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Para finalizar, encontramos uma excelente vídeo aula (disponibilizada no site Youtube pelo canal Anatomia Fácil com Rogério Gozzi) sobre o Sistema Reprodutor Masculino/Genital Masculino: